Os níveis júnior, pleno e sênior em uma hierarquia de cargos muitas vezes não são estritamente definidos por uma lista específica de responsabilidades, mas sim pela capacidade geral do profissional em lidar com desafios, tomar decisões, exercer autonomia e possuir conhecimento dentro da área.
Os cargos geralmente têm uma estrutura base de responsabilidades, porém, a diferenciação entre os níveis de júnior, pleno e sênior pode estar mais relacionada à profundidade e amplitude com que essas responsabilidades são assumidas e executadas.
Isso significa que um profissional júnior pode desempenhar algumas das mesmas tarefas que um sênior, mas talvez com menor complexidade, orientação ou necessidade de supervisão. Enquanto um profissional sênior geralmente lida com situações mais complexas, tem maior autonomia e é capaz de tomar decisões estratégicas.
É uma abordagem interessante pensar nos níveis de cargo não apenas como uma lista fixa de tarefas, mas como uma progressão baseada na capacidade de enfrentar desafios e entregar resultados dentro do contexto da posição.
De acordo com os 4 fatores relevante em uma análise avaliativa de cargos podemos desdobrar cada um deles da seguinte forma:
Complexidade:
Júnior: Tende a lidar com tarefas mais simples e diretas, que não exigem um conhecimento profundo ou experiência extensa na área. Normalmente, trabalha sob supervisão e pode precisar de orientação para lidar com situações mais complexas.
Pleno: Lida com tarefas mais desafiadoras, com uma gama mais ampla de responsabilidades. Pode enfrentar problemas mais complexos e é capaz de resolver questões com maior independência, embora ainda possa buscar orientação em situações mais difíceis.
Sênior: Enfrenta desafios altamente complexos e estratégicos. Toma decisões cruciais, resolve problemas de forma inovadora e muitas vezes lidera projetos de grande escala. Possui uma compreensão profunda do campo de atuação e é capaz de lidar com ambiguidade e incerteza.
Autonomia:
Júnior: Geralmente precisa de supervisão e orientação regular para realizar tarefas e tomar decisões.
Pleno: Demonstra autonomia em várias tarefas, pode trabalhar de forma independente na maioria das situações, porém, ainda pode buscar aprovação ou suporte em questões mais complexas.
Sênior: Tem um alto nível de autonomia e toma decisões críticas sem supervisão direta. É capaz de liderar projetos e equipes de forma independente.
Conhecimento:
Júnior: Possui conhecimento básico ou introdutório na área, muitas vezes adquirido por meio de estudos acadêmicos ou experiência inicial no campo.
Pleno: Já desenvolveu um conhecimento mais sólido e abrangente, com experiência prática considerável na área de atuação. Pode estar se especializando em áreas específicas.
Sênior: Possui um conhecimento profundo e abrangente na área, com anos de experiência prática e talvez até uma especialização em um nicho específico. É reconhecido como um especialista no campo.
Comunicação:
Júnior: Comunica-se principalmente para relatar progresso ou buscar orientação. Geralmente lida com comunicações simples e diretas.
Pleno: Comunica-se de forma mais ampla, interagindo com colegas, clientes ou partes interessadas de maneira mais complexa e articulada. Pode liderar pequenas equipes.
Sênior: Possui habilidades de comunicação excepcionais, capaz de influenciar e persuadir diferentes públicos. Lida com comunicações estratégicas em níveis organizacionais mais altos e frequentemente lidera equipes grandes ou projetos complexos.
Estas expectativas podem variar dependendo da empresa, do setor e das especificidades do cargo, mas geralmente ajudam a delinear as diferenças entre os níveis júnior, pleno e sênior em termos de responsabilidades e competências.
Autor: André do Carmo
Diretor da RH SENIOR Consultoria e Treinamentos em Recursos Humanos